Obrigatoriamente, o mundo precisou seguir novos sistemas para contornar a situação global imposta por um vírus. Nem imaginávamos tantas consequências que isso traria para o mercado mundial.
Por certo, entendemos melhor o “efeito borboleta” da vida, ou seja, o que afeta um afeta todos. Se uma economia sofre com restrições, isso chega até nós como cascata. De repente, queremos reformar a casa, mas falta material de construção.
É difícil entender mesmo como funciona esse jogo de ‘oferta e procura’. Mas sabemos que isso nos afeta. Chegamos às lojas e os produtos parecem muito mais caros. Contudo, as nossas necessidades permanecem.
Então, o que fazer? Bem, sejamos criativos. Vamos rever os nossos planos e buscar formas de fazer com menos muito mais do que esperávamos. Duvida? Então, leia o texto a seguir.
1. Fazer um bom planejamento e acompanhamento de obra
Com um bom planejamento, muito bem detalhado, podemos ter um maior controle de todas as etapas das nossas atividades. O mesmo acontece, obviamente, com os trabalhos que envolvem a construção ou a reforma de residências.
Profissionais que lidam com isso, engenheiros e arquitetos, costumam, antes de tudo, traçar um plano de necessidades e uma lista preliminar de materiais necessários para a execução do mesmo.
Tendo estes documentos em mãos, você já pode ter uma noção de como tudo deve se encaminhar, etapa por etapa, tomando conhecimento de várias questões, como valores. Claro que é de seu direito aprovar ou desaprovar todo o processo.
Mas só com estas informações antecipadas já se pode ter uma ideia de controle orçamentário, prioridades de aquisições, espaço de estocagem, quantitativo de gastos e mais.
Sobretudo durante a obra, é importante manter esse acompanhamento para garantir que não haja perdas de materiais ou haver equívocos nas compras e instalações. E você também pode acompanhar este processo, mantendo também a equipe informada de qualquer mudança de decisões. Deste modo, se economiza com materiais, mão de obra e tempo de execução das etapas também.
Aproveitamento de itens existentes no local
Economizar também tem a ver com consumir de forma consciente. Para que adquirir mais do que você precisa? E mais, por que não dar uma segunda chance a materiais que já existem no local da obra? Por exemplo, blocos vazados, azulejos antigos, uma bancada de pedra para cozinha, luminárias de parede, e muito mais.
Utilizando peças assim, além de poupar dinheiro é possível também criar arquiteturas e decorações mais atrativas e cheias de muita personalidade.
Assim, objetos desgastados combinam bastante com estilo industrial para ambientes; os de acabamento rústico com decoração tipo campo ou praia; também tem as peças bem ornamentadas, que ficam lindas com cenários românticos; e as de estampas passadas com produções retrô ou vintage.
2. Cuidar com rigor o armazenamento e limpeza do canteiro
A falta de cuidado com o canteiro de obra leva a muitas perdas e, com isso, a perda de investimentos.
São peças quebradas jogadas pelos cantos, madeiras envergadas pela carga imposta sobre elas; blocos e massas de construção estragadas pela umidade do tempo; conexões, extensões e mais jogados, por descuido, no lixo; e muito mais. Às vezes, vale a pena “perder tempo” com esta organização, garantindo a ordem de tudo.
Claro que depois que o estrago já foi feito, não se pode voltar. Porém, pode-se conversar com o projetista ou gerente de obra para entender as possibilidades.
Por vezes, ele pode apontar uma alternativa de aproveitamento desses itens danificados em outro momento, mesmo que seja na construção de itens decorativos para casa – isso inclui restos de tijolos, madeiras, azulejos, entre outros materiais. A natureza agradece.
3. Aproveitar o acabamento natural dos materiais
Imagina tudo preciso para a construção ou reforma de uma casa. A etapa de execução da fundação é a mais complexa, sem dúvidas. Contudo, por vezes, é na etapa de acabamento que podemos gastar mais dinheiro.
Nessa fase, podemos excluir alguns detalhes e poupar um pouco de material. Que tal deixar o acabamento natural de alguns materiais utilizados de modo aparente?
Está super na moda deixar sem pintura as peças de madeira natural, tijolo cerâmico e cimento, por exemplo.
Também existem aqueles materiais que dispensam, dependendo da situação, de acompanhamento, como é o caso dos pisos intertravados que podem ser rejuntados ou não. E também há aqueles materiais que se tornam menos caros devido ao tipo de base do são feitos, é o caso das tintas em cores neutras, como cinza.
4. Priorizar pelo que é essencial para o funcionamento da casa
Existem tantos materiais diferentes para casa à venda nas lojas, que fica até difícil imaginar como fazer uma escolha. Se o orçamento está curto, logo pensamos em comprar tudo aquilo que é mais barato.
Todavia, como diz o ditado, “o barato sai caro”. Não é regra, mas peças de valor inferior também podem apresentar qualidade inferior. Isso pode resultar em problemas futuros com necessidade de reparo, ou seja, gasto duplo com materiais.
Você deve é, neste momento, fazer uma revisão lá daqueles documentos que citamos inicialmente – plano de necessidades e relação de materiais. Talvez seja o caso de priorizar pelo que é essencial para começar a obra e deixar a casa funcional do modo mais simples. Então, no futuro, quando o orçamento estiver mais folgado, possa ir adicionando novos detalhes que torne os ambientes mais completos, bonitos e confortáveis.
E o que é essencial? Bem, todos os sub materiais necessários para execução de elementos estruturais – como fôrmas para execução de elementos de concreto; ou para a instalação de itens – buchas, pregos, massa de assentamento, e coisas nesta linha.
Ademais, são importantes as peças de vedação para telhados e vãos; de acabamentos mínimos que ajustam o conforto térmico dos ambientes; além de louças e metais.
Para a ambientação da casa, podemos citar alguns eletrodomésticos, móveis e acessórios – com base na vida moderna. Por exemplo, chuveiro, fogão, geladeira e televisão; sofá, cama, rack e mesa de jantar com cadeiras; luminárias de teto e interruptores; e, além disso, pensando principalmente na questão do conforto e privacidade dos moradores, tapetes e cortinas.
5. Preencher a casa com arquitetura
Simples não é o mesmo que simplório. Uma arquitetura simples pode gastar muito mais material e ainda necessitar de muita decoração para parecer bonita.
Já uma casa com volumetria, jardim e design de interiores bem planejados poupa recursos, tem baixo consumo de materiais na obra e, mais tarde, pode receber uma decoração minimalista que, ainda assim, parecerá completa. Pense nisso.
6. Abusar das soluções de integração e aproveitamento de luz natural
Por que a luz é importante para arquitetura e decoração? Assim, o bom aproveitamento de luz natural resulta em menos necessidade de complemento de luz artificial – o que pode significar também economia de materiais.
Já as luzes como um todo – solar e elétricas – podem ajudar a criar efeitos diferentes na decoração, como preencher paredes ou outras áreas específicas, tirando a necessidade de compra de mais itens para casa.
Fonte: Lopes